O Impacto da Inteligência Artificial no Nosso Trabalho: Do Cinema ao Consultório

Hoje, eu quero conversar com você sobre um tema que sempre desperta curiosidade e até um pouco de receio: a inteligência artificial (IA).

Se você já assistiu a filmes como “O Exterminador do Futuro” ou “Her”, com certeza já viu a tecnologia retratada de maneiras bem extremas, né?

Por um lado, temos aquela visão assustadora de máquinas assumindo o controle do mundo, e por outro, uma relação íntima e quase carinhosa com um sistema operacional.

A verdade é que a IA está, cada vez mais, fazendo parte da nossa realidade, inclusive no campo da psicologia.

Mas o que isso significa para nós, psicólogas? Será que é uma ameaça, uma ferramenta, ou algo no meio do caminho?

Hoje, quero compartilhar com você como eu vejo essa questão, fazendo uma conexão entre o que já vimos no cinema e o que grandes pensadores, como Bill Gates, estão propondo sobre o futuro.

A IA nos Filmes: Medo ou Esperança?

Quem nunca ficou com um frio na espinha assistindo ao “Exterminador do Futuro”, imaginando o que seria de nós se a Skynet, o sistema de Inteligência Artificial do filme, decidisse que a humanidade é uma ameaça e resolvesse nos eliminar? 😬

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O Exterminador do Futuro(1984): A IA como uma ameaça

O Impacto da Inteligência Artificial no Nosso Trabalho Do Cinema ao Consultório
Reprodução

O filme é um clássico da ficção científica e reflete um medo que muitas pessoas ainda têm quando falamos de inteligência artificial: e se a máquina tomar o nosso lugar? Ou pior, e se ela nos prejudicar?

Eu entendo esse receio, principalmente quando falamos de algo tão humano quanto a psicologia. Afinal, nosso trabalho é baseado na conexão emocional, na escuta, na empatia…

Como uma máquina poderia fazer isso, não é mesmo? Mas calma, a realidade não é tão dramática. A IA na nossa profissão está muito mais para uma ajuda do que uma substituição.

Her (2013): A IA como parceira emocional

Agora, vamos falar de uma visão mais suave, e até romântica, da IA. No filme “Her”, o protagonista, Theodore, se envolve emocionalmente com um sistema operacional avançado, a Samantha.

O filme nos faz refletir sobre o papel da tecnologia nos nossos relacionamentos e como ela pode ser personalizada ao ponto de entender (e até responder) nossas emoções.

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No contexto da psicologia, esse filme traz uma perspectiva bem interessante. Claro, não estamos falando de nos apaixonarmos por uma IA (embora a Samantha seja bem convincente! 😅).

Mas podemos imaginar como uma Inteligência Artificial pode nos ajudar a acompanhar o estado emocional de nossos pacientes, coletar dados sobre o humor deles entre as sessões, ou até nos ajudar a identificar padrões de comportamento que possam passar despercebidos.

Crédito: Warner Bros.

O importante aqui é lembrar que, ao contrário do que “O Exterminador” sugere, a IA não está aqui para substituir a relação humana que construímos com nossos pacientes.

Ela está aqui para ser uma ferramenta que amplifica o que já fazemos de melhor: cuidar da saúde mental.

A IA na Psicologia: O Futuro Chegou

Então, como podemos usar a IA no nosso dia a dia de trabalho? Antes de mais nada, é importante dizer que essa tecnologia já está presente em algumas áreas da saúde mental.

Temos, por exemplo, plataformas que analisam dados de pacientes e ferramentas como chatbots que oferecem suporte inicial em momentos de crise.

Um exemplo interessante é o Woebot, um chatbot que usa a terapia cognitivo-comportamental para conversar com as pessoas e ajudá-las a gerenciar ansiedade e estresse.

Pode parecer algo distante ou impessoal, mas esses sistemas podem complementar nosso trabalho, principalmente em casos mais leves.

A IA nunca vai substituir uma sessão terapêutica, mas pode ser uma aliada para ajudar na continuidade do acompanhamento.

Imagine ter um assistente virtual que ajuda a monitorar o humor dos seus pacientes entre as sessões, coleta informações importantes e te alerta quando algo parece fora do padrão.

Com isso, nós ganhamos tempo para focar no que realmente importa: a escuta qualificada e o cuidado emocional.

O Futuro Segundo Bill Gates: Tecnologia a Favor da Saúde

Agora, quero trazer para você um exemplo do mundo real. Na série documental “O Futuro de Bill Gates”, ele fala bastante sobre a inteligência artificial e como ela pode nos ajudar a enfrentar alguns dos maiores desafios da humanidade.

Fonte: Netflix

E eu acho super interessante como ele aborda o tema com uma visão bem prática e otimista.

Episódio 1: A IA na Saúde Pública e no Meio Ambiente

No primeiro episódio, Gates discute como a Inteligência Artificial pode ser usada para resolver problemas como mudanças climáticas e crises de saúde pública.

Ele acredita que a tecnologia é uma ferramenta poderosa, capaz de agilizar descobertas e soluções para problemas complexos.

Agora, vamos trazer isso para o nosso mundo. Na psicologia, a IA pode ser uma grande aliada no sentido de agilizar diagnósticos e tratamentos.

Por exemplo, imagine ter acesso a uma análise automática de grandes volumes de dados sobre comportamento ou histórico emocional dos pacientes, tudo isso de forma ética e respeitosa.

Seria incrível ter esses insights para nos ajudar a tomar decisões mais assertivas, certo?

Episódio 2: A IA e a Transformação do Trabalho

No segundo episódio, Gates fala sobre o impacto da IA no trabalho e na educação, mostrando que, no futuro, será cada vez mais necessário aprendermos a trabalhar com a tecnologia, e não contra ela. Isso é especialmente importante para nós, psicólogas, que lidamos com algo tão humano.

Nós, como profissionais, precisamos estar atentas às novas ferramentas e aprender como integrá-las de forma ética e cuidadosa no nosso trabalho.

Isso pode exigir de nós uma educação continuada, para entender como a IA funciona, o que ela pode nos oferecer e, mais importante, o que ela não pode fazer. A máquina nunca substituirá o toque humano que é essencial no cuidado psicológico.

Conclusão: A IA e a Psicologia Caminhando Juntas

Eu sei que o tema pode parecer um pouco assustador de início, mas o futuro que estamos construindo, com a ajuda da Inteligência Artificial, pode ser muito promissor.

Ao invés de temermos que a tecnologia nos substitua, precisamos pensar em como ela pode ser uma ferramenta para potencializar o nosso trabalho.

Afinal, a IA é apenas uma tecnologia – é o nosso uso dela que fará toda a diferença.

Assistindo a filmes como “O Exterminador do Futuro” e “Her”, percebemos como o imaginário popular molda nossos medos e expectativas em relação à IA.

Mas, olhando para a visão mais realista e otimista de alguém como Bill Gates, percebemos que a tecnologia pode ser uma grande aliada, se usada com responsabilidade e ética.

A psicologia do futuro será, sem dúvida, um campo híbrido, onde tecnologia e humanidade andarão lado a lado.

E, como psicólogas, cabe a nós decidir como vamos integrar essas novas ferramentas para oferecer o melhor cuidado possível aos nossos pacientes.

Estamos juntas nessa jornada de aprendizado e evolução! 💙